segunda-feira, 30 de abril de 2012

Você ama muitos, ou você não sabe o que é amor?

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Vem comigo?

Vem cá, deixa eu te contar sobre mim. Mas você promete não se assustar? Só eu tenho o direito de me criticar. Mudei. Com o tempo, com a vida, com as histórias. Não tenho mais as mesmas opiniões, tenho cometido mais erros, dando uma chance para as coisas, dando uma chance para um outro lado meu. E que maravilhoso tem sido! Pensando mais em mim, fazendo as coisas que eu quero fazer, sem planejar muito, aproveitar essa coisa incrível que chamo de vida. Se ainda me preocupo com o futuro? É claro, meu bem. Meu futuro é sempre motivo para que possa continuar. Mas, por que não aproveitar esse meu presente, que nunca mais será o mesmo? Me deixa tá. Me deixa errar, dançar, sorrir, chorar, perdoar, começar algo novo, jogar tudo pro alto, beber, ler, ser quem eu quero ser. E quem eu quero ser? Eu não sei. Mas não se preocupa, eu sei o que eu não quero. Você vai vir comigo? Por favor, venha! Deixa eu compartilhar essas mudanças com você! Deixa eu te contar dos meus erros, da minha sexta-feira, deixa eu compartilhar com você! Não se assusta, não se assusta... Eu ainda sou quem você conheceu. Mas mudar, ah mudar! Isso é viver, é a prova de que eu respiro, a prova de vale a pena. Vem comigo se quiser, porque eu tenho certeza de que essa vida vale a pena ser vivida. Fora da bolha que nós mesmos criamos. Mas se você não quiser vir, que desperdício meu bem! Você vai perder, porque ainda há tanto para acontecer!

domingo, 1 de abril de 2012

Nem sei por onde começar

São tantas coisas para carregar que me sinto vazia.
São tantas coisas que eu gostaria de te dizer, de te explicar. Tenho tanto para desabafar.
Sinto saudade, medo, ansiedade, tudo misturado, complexo, doendo um pouco no peito.
Não sei nem o que escrever, nem dá tempo de organizar tudo de uma forma linear, poética, bonita e emocionante.
Não há nada de lindo em estar desanimada, perdida, amedrontada.
Ao mesmo tempo, isso é se sentir viva e não há nada mais lindo do que viver.
Só queria calmaria, ao mesmo tempo que queria que alguém me enlouquecesse.
Só queria paz, ao mesmo tempo que queria tudo de maravilhoso hoje.
To esperando algo grande, to fingindo que não vejo.
To tentando levar, mas é a vida que está me levando.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

E se

E eu acordaria você na sua casa com um beijinho e um sorriso. Talvez pudéssemos tomar um café juntos, talvez eu só deitaria na sua cama ainda quente e lá estaríamos, juntos, conversando enquanto sentia seu cheiro. E se talvez, naquela sua festa de família, seus avós gostassem de mim? Poderíamos falar por horas e eu adoraria ouvir as histórias da sua família. Talvez o pôr do sol tivesse mais graça se eu pudesse pensar em você. E imagine só, como eu iria bagunçar seu quarto inteiro, vendo todos os livros que você tem. E poderíamos passar horas discutindo hipóteses, tristezas e finais inacreditáveis de cada livro. Depois você me beijaria. E eu te beijaria. E que incrível seria se você me acordasse no meio da noite com uma ligação inesperada? Talvez quisesse só ouvir minha voz. E aquela cerveja com pizza no fim de tarde, faria todo sentido depois de um filme. E o cinema acompanhados? Talvez a gente assistisse algo, ou não... Eu mandaria uma mensagem com uma dúvida e você estaria lá. E quando se sentisse sozinho, sem ninguém te entender, eu estaria ali! Sempre estaria, você me conhece. Eu poderia conversar com você e quem sabe, sua cabeça no meu colo e seus problemas não se resolveriam? E no fim da noite eu estaria com meu pijama enquanto você fumava na janela.
Quanta coisa a gente esteve a um triz de viver e não viveu?
Quantos filmes, músicas, trechos de livros, cafés, refrigerantes, praças, momentos deixaram de ser nossos?
Porque "nós" nunca existiu de fato.
E tudo porque você não quis...
Ah! Agora tenho que esquecer, todas essas lembranças que por culpa sua, e somente sua, não vivemos juntos...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Mais beleza para nós

Luzia era uma menina pobre de coisas bonitas. Nunca na sua vida tinha visto um céu lindo, nunca tinha visto uma árvore cheia de vida, nunca tinha cheirado uma flor, escutado uma bela canção ou visto algum rosto lindo no meio da multidão cinzenta. Luzia era bem medíocre, para dizer assim, rápido e sem enrolação. Ela não sabia o que era amar algo, apreciar uma comida, conversar, ler. Nunca tinha visto beleza em nada na sua vida. Nunca tinha olhado para algo bonito. Nunca tinha visto alma dentro dos olhos de ninguém, ou cantarolado uma canção que fosse a mais bela de todas.
Um dia Luzia realmente abriu os olhos e enxergou com o coração. Havia uma imensidão azul, nuvens por toda parte. Haviam árvores grandiosas e belíssimas. Flores delicadas e perfeitas, cheirosas... Havia o gosto de uma refeição deliciosa em sua boca. Havia areia macia nos seus pés. Havia o barulho do mar, o cantar dos pássaros. Também havia alguma música incrível, que fez com ela se perturbasse por dentro. De repente, tudo era bonito. Rostos de pessoas tão leves e doces, tão bonitos. Olhos grandes, olhos que sorriam. Gargalhadas, abraços. Luzia se sentiu abraçada por tudo isso.
Era muita coisa bonita para se amar. E Luzia ficou extasiada, de tanto amor bonito. Era mais do que a pobre menina podia suportar, a vida era linda demais para ela. Luzia não aguentava tudo isso de beleza para amar. E então ela ficou tão cheia de amor que não coube mais nada para se apreciar. Ela caiu no chão, exausta, se perguntando: "Desde quando a vida é tão linda assim?"

domingo, 8 de janeiro de 2012

Se entender, me explique.

Preciso me permitir. E te permitir. Mas, preciso que você e permita permitir.
Por muito tempo andei por caminhos desconhecidos. Vaguei, procurando o que eu acreditava querer. Estava tomada de vontade de achar, exasperada. No entanto nada me satisfazia. E quando achava o perfeito, recusava, temerosa. Temia achar o objeto da busca. Nunca me mostrava, ficava sem revelar meu rosto. Estava oculta por achar que me mostrava. Só foi então que percebi. Alguma coisa ficou clara em mim. Eu achava aquilo que procurava em vão, afinal, eu mesma, a criadora da busca estava oculta pelas descobertas.
Alguém precisava me achar. E para isso, daquele momento em diante eu me permiti ser descoberta.
E vivo em eternos encontros.

É gostoso quando alguém acha a gente. Uma sensação assim de liberdade e vaidade. Você se perfuma quando alguém te descobre. E sorri sabendo.
Sou assim. Só sorrio quando sei que fui achada. A gente não pode dar nossos dentes para quem não nos vê. Ou, quem sabe, é dando os dentes que somos vistos.
Pretendo sorrir sabendo. E achando... E me encontrando... E me deixo assim, desmarcada, descoberta, sorridente e permitida.