terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Medo de dar certo.

Foi o perdendo pouco à pouco. Com seus erros, seu orgulho. E agora, nada mais resta, apenas algumas lembranças. Boas e ruins. Não importa. Lembranças do que foi. Saudade do que poderia ter sido. Ele sempre estivera lá. Sempre dizia as palavras certas. Era sempre o mesmo. Constante. E ela admirava essa qualidade de tal maneira! Havia procurado isso por tanto tempo.Alguns diziam que era o cara certo, outros não gostavam dele. Mas, Laura nunca soube se o conhecia realmente, ou se ele era muito bom em fingir. Trabalhavam juntos e foram se conhecendo aos poucos. Ele era tudo que um homem deveria ser. E ela era tudo que ele precisava. Mas, o tempo foi matando os sentimentos. Os sentimentos não... Eles existiam, e nem sempre eram lembrados. O tempo foi matando a vontade de tentar fazer dar certo.
Fazer dar certo...
Deveria dar certo sem tentar, deveria ser natural. Amor é natural. Mas não havia sido assim.
Era impossível achar algum erro grave naquele romance. Mas, talvez o medo de tudo realmente dar certo teria assustado Laura. Depois de uma decepção amorosa, as pessoas passam a não confiar tanto em si. Não confiar tanto nos outros.
Porém, eles estavam dando certo. E poderiam continuar assim, mas, as coisas não quiseram.
A vida não quis.
E, apesar de achar que era tudo perfeito, havia algo que não os deixou em paz. E esse algo, quando alimentado, cresce e mata tudo em volta.
Aparente orgulho escondendo insegurança.

Ainda bem que; para Laura, não existia um só amor na vida. Ela acreditava em momentos, e eternizaria os bons momentos que havia tido ao lado dele.
E só.

2 comentários:

Renata Lima disse...

Ual,resolvi do nada ler blogs alheios e encontrei o seu.Gostei muito desse texto, me identifiquei de forma inexplicavel!
Parabéns voce escreve muito bem!

Thaís. disse...

Queria ser como a Laura, levar os bons momentos eternizados na bagagem, guardá-los no canto mais fundo e ir. Só ir.
Não aprendi ainda.

E cá entre nós: que blog lindo. :*