sábado, 27 de julho de 2013

Se entender, me explique (2)

Tenho medo do tempo perdido. É o que mais temo. Das chances desperdiçadas. Daquele que poderia ser o amor da sua vida e não foi. De acordar um dia e ver que eu poderia ter tido tudo. E neguei. Fui negada. Tenho um prazer em viver. Dias chuvosos me alegram, dias de sol também. A calma de ficar sozinha me agrada. A companhia dos amigos também. E por saber o quão preciosa é a vida, o quão sortuda eu sou por estar aqui, que temo. Cada segundo desperdiçado é uma eternidade. Não quero perder tempo. Não que sofrer seja uma negação da vida, pelo contrário. Mostra o quanto sinto na pele tudo. Mas nunca suportei a ideia de finais tristes. Nunca suportei a ideia de não ser feliz, de não escolher aquilo que me dá calafrios, que faz as pernas tremerem. Quero que a vida seja sempre cheia de emoções. Que o sorriso seja o maior possível, mesmo que para isso existam lágrimas amargas no final. O importante é que tudo que eu pude fazer, foi feito. Escolher sempre o que é bom. O que me faz feliz. Permitir que os outros se aproximem. Não rejeitar quem só quer meu bem. Não ter a sensação de que mesmo com tantas pessoas, eu possa estar sozinha. Não. É uma questão de escolha. Escolhi pessoas verdadeiras para comigo estarem. E cuido delas para que se aproximem. E que gostem de ficar. E quem tem medo de viver? Medo de amar como nunca, medo de alguém descobrir quem você é. Medo de ser feliz de verdade. Gente que inventa um papel. Não ignoro os sentimentos que levaram uma pessoa a se esconder dos outros. Mas tenho pena de que ela perceba tarde demais que a vida é algo muito belo para ser desperdiçado. E muito grande, para ser pequeno. Sorte daqueles que podem estar tão próximos de mim que me conhecem. Não são todos. Alguns vão embora. Alguns não tem força suficiente para aguentar uma vida que não seja de mentira. Uma pena. Para quem ficar; não há arrependimentos. Terão tudo de mim. Que assim seja.

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