quinta-feira, 15 de julho de 2010

Não tem ninguém

"Eu sinto a falta dele." Admitiu em uma fração de segundo, a verdade. Sentiu cada sílaba gravar em seu coração.
Uma tatuagem.
Uma marca.
Uma ausência.
Como o vento que corta de repente o rosto, a verdade aparece. De fato sempre existiu, mas hoje ela se manifestou. "Eu sinto a falta dele." Disse em voz alta, para se confrontar com a realidade. Ela sente... É o que mais ela sente. De todos os esforços para se livrar da lembraça de Mark, nada dava certo. Ela nunca iria esquecer de algo que estava nela.
Quando as coisas são certas, mas as pessoas temem fracassar, sempre alguém desiste. Mas desistir não significa superar.
Era tudo muito certo para ela. Mas não para Mark.
A verdade naquele momento, era uma só. Ela podia pensar milhões de coisas, arrumar milhões de explicações, mas a verdade era uma só. Ela sentia a falta dele. E nada poderia mudar isso, agora que as palavras já haviam sido marcadas nela. Era necessário se acostumar com o nada.

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